25/09

Ministrado pela Prof. Dra. Tatiane Leal (PPGCOM/UFRJ)

Feminismo, felicidade e mal-estar: movimentos sociais e a privatização do político

Em discursos midiáticos contemporâneos, a busca pela felicidade é apresentada, frequentemente, como um direito e uma consequência de ser feminista. Nesse sentido, pretensas falhas do movimento são mobilizadas para enunciar um mal-estar feminino. Diante desse cenário, este minicurso mobiliza as seguintes questões: há uma passagem da luta coletiva feminista por direitos à uma reivindicação individual pelo bem-estar psicológico? Que continuidades e descontinuidades aparecem entre o estereótipo da feminista infeliz e a recusa ao feminismo no contemporâneo? Que soluções – dentro ou fora do movimento – são propostas para dar conta do consequente mal-estar quando esse projeto falha? Parte-se da premissa de que se configura, no contemporâneo, um embate entre uma politização do privado e uma privatização do político.

26/09

Ministrado pela Prof. Dra. Simone Evangelista (PPGCOM/UERJ)

Sociabilidades programadas: entrelaçamentos entre cultura de marca e cultura da conectividade

Ementa: O minicurso vai explorar a dificuldade de estabelecer conexões humanas genuínas em redes sociais dominadas por algoritmos opacos. Discutiremos, entre outros temas, como a cultura do “eu como marca” se adequa a um cenário de sociabilidades codificadas, em que atos cotidianos são transformados em dados gerenciáveis por instâncias mercadológicas diversas.

27/09

Ministrado por Amanda de Souza Santos (ECO/UFRJ)

Rompendo laços, superando traumas: Discursos midiáticos, cultura terapêutica e a construção de sujeitos vulneráveis

Nos meios de comunicação e nas conversas cotidianas, proliferam os relatos sobre relacionamentos abusivos, amizades tóxicas e relações familiares opressoras. Essas narrativas são sintomas de novas formas de mal-estar que caracterizam a cultura contemporânea, na qual vigoram imperativos morais como a igualdade, a autorrealização e a liberdade individual. No âmbito dos relacionamentos íntimos e afetivos, entretanto, estes imperativos entram em conflito com o exercício da autoridade parental, a busca por segurança e a necessidade de reconhecimento e conexão. Assim, o minicurso se propõe a refletir sobre esse horizonte de expectativas contrastantes e discutir como os discursos de autoajuda, ao mesmo tempo em que buscam orientar os indivíduos a navegarem nas águas turbulentas dos relacionamentos “líquidos” atuais, acabam por produzir sujeitos vulneráveis, em um estado permanente de receio e incerteza.