O papel da crítica em tempos neoliberais
As “bolhas” da internet, com sua configuração algorítimica, têm reforçado a circulação de “afetos negativos” (ressentimento, polarização política, culpabilização do outro, lacração, trolls e haters), fomentando as chamadas “guerras culturais”. E, ainda, contribuem para um fenômeno bastante contemporâneo: a inflexibilidade para mudar as crenças individuais e a resistência ao autoquestionamento. O triunfo desses aspectos da “racionalidade neoliberal” teria diminuído as chances de se exercer um debate público como a modernidade propunha? Quais são as possibilidades de construir um pensamento crítico hoje, de argumentar e discutir sem temer pelos “cancelamentos” nem exterminar o “inimigo”?
Joel Birman
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Paulo Vaz
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Simone Pereira de sÁ
Universidade Federal Fluminense
Maria Cristina Franco Ferraz
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Benilton Bezerra Jr
Universidade do Estado do Rio de Jabeiro